1813-2013: duzentos anos de recepção do texto seminal “Sobre os Diferentes Métodos de Traduzir”, de Friedrich Schleiermacher

Colóquio Internacional
VII Colóquio de Estudos de Tradução em Portugal
24-25 de Outubro de 2013 - Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa


Pedido de Comunicações
Data limite: 29 de Fevereiro de 2013 
Duzentos anos depois da sua famosa conferência na Real Academia de Berlim, em plena era napoleónica, Friedrich Schleiermacher continua a ser uma referência assídua na bibliografia dos Estudos de Tradução em todo o mundo.  A sua definição dos dois (e só dois) métodos de traduzir tornou-se indispensável ao vocabulário do tradutor e investigador da tradução, retomando uma oposição que podemos fazer remontar a São Jerónimo, ou mesmo a Cícero (De Oratore) e não perdeu a sua força de atracção até aos nossos dias, sob designações como métodos, estratégias, procedimentos ou normas de tradução.  Tendo como expoentes contemporâneos porventura mais conhecidos as normas iniciais de aceitabilidade vs. adequação de Toury (1995) ou as estratégias de tradução domesticante vs. estrangeirizante de Venuti (1995), em estudos empíricos e pós-modernos, muitos outros nomes estruturam o seu pensamento sobre o traduzir a partir de binómios que, uma vez submetidos a um escrutínio mais atento, não deixam de revelar grandes afinidades com as propostas de Schleiermacher.
Contudo, aquelas propostas estão longe de se circunscrever à definição dos métodos de traduzir, englobando desde a reflexão básica sobre a relação entre pensamento e discurso, até à figura do tradutor, às tipologias da tradução, à avaliação da qualidade em tradução, ao leitor/destinatário, ou ainda à necessidade de uma política de tradução inserida numa política da língua, de evidente relevância para a dinâmica da cultura que ambicionava para o seu país e sua língua naquele momento histórico.  Apesar de aspectos hoje controversos, como a ideia de que “um homem tem de decidir se pertence a uma língua ou a outra, ou então ficará a pairar, sem postura própria, num terreno intermédio e descontente”, questão muito discutível para os defensores do hibridismo e do “in-betweenness” do tradutor, Schleiermacher continua a inspirar a reflexão contemporânea sobre a tradução, para a qual este colóquio internacional pretende oferecer um fórum privilegiado. 
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